INVASÃO DE LUXO

segunda-feira, 30 de junho de 2008

No finalzinho do prazo que a Justiça Eleitoral permite a utilização do dinheiro público para propaganda política, a prefeitura de Salvador esbaldou-se numa campanha que beirava a idiotice. Entre outras havia aquela dos soldadinhos de chumbo para mostrar uma guarda municipal que só existe no papel. Felizmente acabou!

Mas agora vem mais. O inverno encontra a cidade completamente despreparada para qualquer chuvinha. Desabamentos, engarrafamentos e o caos urbano resultante de uma administração sem pé e muito menos, cabeça.

No sofisticado bairro de Ondina, um dos mais bonitos e residenciais da cidade, a poderosa construtora Cosbat disputa espaço com os órgãos ambientais e invade uma área de vegetação atlântica para construir um condomínio de luxo exatamente ás barbas brancas e bem aparadas do governador Jacques Wagner.

O Terrazzo Ondina que até pôs um cadeadosinho restringindo acesso ao site (foto.Clique e amplie para ver a restrição), faz ali o que bem entende. Entre outras coisas , transformou em canteiro de obras uma via pública incomodando,desrespeitando e pondo em perigo a vida de visinhos e transeuntes. Há cerca de uma semana, uma máquina capotou (foto)na sombra do que foi um trecho da Rua Senta Pua, hoje transformada naquele perigoso canteiro de obras.

Com a palavra as autoridades municipais e um lembrete; os moradores das redondezas talvez não possam financiar campanhas, mas são eleitores e formadores de opinião

PARA CHAMAR SUA ATENÇÃO

domingo, 29 de junho de 2008

Os streakers rompem com as normas do politicamente correto. Para muitos,a nudez já não é tabu,mas continua a ser transgressora: é a forma de atrair mais atenção.O fotográfo Spencer Tunick por exemplo, massificou a nudez.Já chegou a fotografar 18 mil pessoas nuas. Todas posaram espontaneamente.

A revista “Playboy” recorre a dez desempregadas da Enron para aumentar as vendas
Nunca lhes havia passado pela cabeça que a empresa onde trabalhavam pudesse falir, e muito menos ficarem famosas às custas dessa quebra. Dez desempregadas da Enron posaram para a
revista Playboy, em frente à sede da multinacional norte-americana. A escolha foi difícil: foram mais de 300 candidatas dispostas a ser capa da ‘Playboy’ . Com dez páginas reservadas às playmates da Enron, a revista pretende alcançar recordes de vendas. Houve até quem quisesse abrir um debate sobre os limites éticos do marketing, se é que ainda existem, mas as “modelos” já disseram, sem complexos, que posaram por diversão e também para ganhar um dinheirinho extra.
Final do torneio de Wimbledon de 1996. Richard Krajicek e Malivai Washington estão na quadra, prontos para iniciar a final do torneio sobre a g
rama mais importante do mundo. De repente, uma jovem começa a correr pelo campo completamente nua. A cena, com dois seguranças tentando apanhá-la, serviu para descontrair Krajicek, mas custou o título ao americano. Ou, pelo menos, foi como justificou a derrota: “Vi aquelas coisas a balançarem na minha frente e fiquei nervoso”. Já na final deste ano do torneio, Mark Roberts aproveitou a primeira interrupção do jogo, provocada pela chuva, para brincar todo nu junto à rede. Mark Roberts e Melissa Johnson são streakers, termos que designa as pessoas que aprecem nuas em lugares públicos. Exibem-se com a mesma naturalidade com que dois mil anos antes faziam os atletas que participavam nos Jogos Olímpicos. Mas agora a intenção é bastante evidente: não tem a ver com a exaltação do corpo humano perfeito.

A primeira-A primeira streaker passeou montada a cavalo pelo mercado de Coventry, no século XI. Lady Godiva aceitou o desafio do marido, responsável pelos assuntos financeiros da localidade, de atravessar Coventry toda nua, conseguindo assim que ele baixasse os impostos para os camponeses. Desde então, Godiva é uma referência para os streakers. Passaram para a história os jovens que, no meio de uma multidão, se manifestaram vestidos apenas com máscaras de Nixon, para exigir a sua ida à barra dos tribunais. Ou os estudantes portugueses que mostraram o traseiro em frente à Assem-
bléia da República, contra a polí-

tica das propinas, em 1995.
A reivindicação faz parte do espírito streaker desde as origens, mas o seu significado
tem-se ampliado com os anos. Quais são os termos que o definem? Fundamentalmente, dois: trata-se de uma ação ilegal, que rompe com as normas do politicamente correto, e está planejada para ter repercussão nos meios de comunicação social. Ou simplesmente provocar o riso.
É um modo de desafiar o poder; tem algo de travessura infantil e implica uma descarga de adrenalina que normalmente acompanha as ações que rompem com as normas. “A sensação de risco pessoal aumenta a sua repercussão social”, afirma a psicóloga australiana Doris Mcllwain.
O pior são as ameaças. Em Pamplona, um habitante disse a um dos membros da Peta (People for the Ethical Treatment of Animals): “Vê lá se você quer que lhe cortem suas orelh
as e seu traseiro.”

INVERNO, QUEIJO, PÃO E VINHO

sexta-feira, 27 de junho de 2008

O queijo é alimento eclético, que se adapta e pode ser apreciado em qualquer estação. Mas deve-se admitir: é no inverno que se destaca em saborosos pratos quentes ou mesmo cru, com seus rituais, acompanhado de bons amigos, um delicioso vinho e, quem sabe, uma lareira.

O pão é indispensável para acompanhá-lo. Queijo, vinho e pão são as três grandes conquistas alimentares que resultam do processo de fermentação, a herança das leveduras.

Prefira pães franceses para acompanhar o brie, de casca com fungo branco. Para outros tipos de queijo opte entre o pão de nozes, ciabattas ou pães italianos. Uma regra simples e prática é memorizar que quanto mais delicado for o queijo mais branco e sem sal deve ser o pão, e mais branco e seco deve ser o vinho.

Os queijos de frisos azuis, como o roquefort, de sabor distinto, vigoroso e bem salgado, e o gorgonzola, cremoso e ligeiramente amargo, ficam perfeitos quando acompanhados de vinhos doces licorosos, como o Sauternes francês, o Porto e o Tokai húngaro. Outros queijos azuis de destaque são o inglês Stilton, o dinamarquês Danish Blue e o Mellow Blue, cremoso e suave, à base de iogurte.

A família dos queijos azuis é imensa e todos possuem características semelhantes, massa úmida e farelenta, veios espalhados de maneira uniforme, gosto acre e viscoso. Os franceses, como o Causses, por exemplo, têm sabor consistente, massa amarelada ou branca, veios de mofo azulado. É ideal para ser degustado com tinto encorpado.

Entre os outros queijos de mofo azul franceses destacam-se Laqueuille, com sabor acentuado de mofo, o Loudes, com massa firme e elástica, grudenta e levemente azeda, sem odor particular, o Le Petit Bayard, com massa não-cozida e não-prensada, entre tantos outros.

Os queijos de massa amarelada e cozida como, por exemplo, o Emmenthal, o Gruyère ideal para a preparação do fondue e o Caverna pedem tintos ligeiros, frutados e jovens. Tente harmonizá-los com um vinho leve e frutado, como o Beaujolais Nouveau ou um Gamay nacional.

O provolone é um dos queijos mais conhecidos do mundo. Sua casca apresenta coloração dourada, seu sabor e aroma são característicos, resultantes do processo de defumação. Temos que tomar cuidado quando degustamos o provolone, pois seu gosto impregna a boca e não permite o mesmo paladar para apreciar os outros. O ideal, depois de degustar um bom provolone, é comer um pedaço de pão e tomar um gole de vinho.

Originário da França, o Saint-Paulin era, inicialmente, fabricado por monges trapistas e foi o primeiro queijo produzido com leite pasteurizado, em torno de 1930. É um queijo de massa extremamente fina e untuosa, casca fina e úmida. Seu sabor delicado é inconfundível e sua consistência, deliciosamente macia.

O queijo Edam, de origem holandesa, caracteriza-se pelo formato esférico e pode ser consumido no dia-a-dia. Sua massa é consistente, porém cremosa e de sabor suave. A casca apresenta coloração avermelhada proveniente do processo de tingimento característico desse queijo. Vinhos brancos frutados, como o Saint-Émilion, são ideais para acompanhá-lo.

Para fazer par com queijos concentrados, como o parmesão, o ideal é um vinho tinto maduro ou fortificado. O autêntico parmesão é originário da Parma, na Itália, onde é conhecido como Parmiggiano Reggiano.

O queijo itálico é fabricado originalmente na Itália, nas montanhas da Lombardia. Possui massa fina e macia, apresentando olhaduras redondas e espelhadas. Sua casca é espessa e amarelada, fruto do processo de maturação. Esse queijo nobre é ideal como aperitivo e pede vinhos brancos alegres e frutados, como os Soave, Frascati, Riesling,Gewurztraminer, etc.

Os queijos de cabra, por exemplo, pedem vinhos mais ácidos. Já para acompanhar a muzzarela de búfala prefira vinhos com boa acidez e pouco corpo, como um Sauvignon Blanc, Pinot Grigio ou Riesling nacional.

Quem acredita que queijos mais suaves como o Brie, originário da região francesa, e o Camembert, produzido originalmente na Normandia, são ideais somente no verão, está enganado. Todos os tipos de queijos, tanto no inverno quanto no verão, casam muito bem com o vinho. Para não errar, tente harmonizar o sabor leve desses queijos com um branco ligeiramente adocicado, como um Gewurztraminer, Riesling Renano, Muscat seco, etc.

SUPER CHIEF, A LOCOMOTIVA

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Mistura de passado, futuro e hoje, a F250 Super Chief da Ford é uma imponente caminhonete, que os americanos chamam de tuck, inspirada literalmente no vagão homônimo que nos anos 30 era a locomotiva mais luxuosa da Santa Fé Railwey, uma ferrovia ligando Chicago a Los angeles


Com 6,7 metros de comprimento e 4,4 metros de distância entre eixos, O interior é ultraluxuoso, revestido com nogueira, alumínio e pele, dotado de quatro poltronas individuais com apoios de pés traseiros escamoteáveis sob o piso do veículo, exatamente iguais às do vagão- inspiração. Na frente, a estilização da mesma grade da locomotiva, e no peito, um triflex 6.8-V10 capaz de funcionar a gasolina (310 cv), Etanol (310 cv) ou Hidrogênio (250 cv, sendo só neste modo que a sobrealimentação entra em ação), capaz de oferecer boas prestações combinadas com substanciais ganhos em termos de economia e emissões poluentes.

Além de toda parafernália eletrônica que oferece conforto e segurança ao veiculo, o moderníssimo som Bose com dezenas de recursos lhe permite transportar o som de uma orquestra ao vivo sem ferir os ouvidos com graves e agudos rascantes.

Desenho agressivo que chega a lembrar um blindado e rodas de 24’ compõem um visual moderno futurista. Mas ele já está nas ruas hoje.

O único preço disponível, foi conseguido na Inglaterra .70 mil libras!




O mais, você pode ver nas fotos.Inclusive a locomotiva cujos traços inspiraram os designers da Ford. Boa viagem!

EM CÉU AZUL

Enquanto brasileiros de todos os quilates e quadrilhas dançavam o São João, principalmente no Nordeste, reunia-se no Elegante Waldorf Astoria em New York, sob auspícios da Brazilian-American Chamber of Commerce, um grupo de empresários e executivos de várias vertentes para discutir o futuro da energia no Brasil e no mundo.

Presentes ao evento,Antonio Castro, Executive Manager, Gas & Energy of Petrobras; Francisco Gros, Vice-Chairman of OGX Petroleo e Gas Participações S.A.; Henrique Valladares, Director of Odebrecht; Plínio Nastari, President of Datagro; Alan Boyce, President of Adecoagro; Marcelo Brito, Commercial Director of Agropalma, entre outros pesos pesados.

Na mesa principal e conduzindo o evento, dois brsileiros(fotos) de destaque no mundo; o presidente do BNDES Luciano Coutinho e David Neeleman, presidente da Jet Blue. Luciano, economista e Professor, revela-se uma das melhores cabeças do Governo Lula.

Já David Neeleman é uma celebridade com trajetória de vida cinematográfica. Filho de um jornalista norte americano nasceu em Campinas, São Paulo há 48 anos e lá viveu até os 07 anos. Aos 19, retorna pela primeira vez ao Brasil para ser missionário Mórmon no Nordeste. Hoje,Neeleman é o dono da Jet Blue a sensação da aviação americana. A taxa de ocupação das aeronaves chega a 85%, um dos maiores índices do mundo. Os custos da empresa são em média 40% menores do que o das rivais, o que lhe dá a condição de praticar as mais baixas tarifas do mercado.

Apaixonado pelo Brasil e naturalmente pelas oportunidades que encontra aqui com a vantagem de ser brasileiro, Neeleman tem talento para os negócios, bala na agulha e a cobertura de vários fundos americanos, principalmente o de George Soros.

Em breve as aeronaves da Jet Blue brasileira estarão cortando os ares com um nome ainda a ser definido. Enquanto isso, Neeleman convida o público para batizar a companhia no site voceescolhe.com.br.

OS SEM DOCUMENTOS

terça-feira, 24 de junho de 2008

Alvos de perseguições cada vez mais freqüentes em toda a Europa, os imigrantes não-regularizados articulam uma onda de greves na região de Paris. Muitos já não temem aparecer em manifestações públicas. Seu trunfo: o continente que hipocritamente os persegue não pode viver sem eles

Olivier Piot

Na França, a passeata de 1º de maio mostrou neste ano uma face inédita. Agitando faixas de diversas organizações, cerca de cinco mil trabalhadores “sem- documentos” dominaram o desfile. Malineses, senegaleses, marfinenses... Até então, estes rostos negros da África eram vistos apenas em reuniões reservadas aos estrangeiros. Mas de repente, eles se convidaram para a manifestação mais tradicional e simbólica da classe operária francesa.Quem são esses milhares de homens e mulheres que reivindicam sua regularização, entre os quais cerca de seiscentos, apoiados pela central sindical CGT, promoveram recentemente greves em uma dúzia de empresas na Île-de-France ? Empregados em setores como hotelaria, restaurantes, construção civil, segurança, limpeza, agricultura, ou trabalhando como empregados domésticos, cozinheiros, sucateiros etc., eles têm como denominador comum o fato de serem todos assalariados. Dispõem de contratos e constam de folhas de pagamento, pagam seus impostos e suas contribuições salariais. Têm em comum também o método para conseguir isso. “Os patrões não controlam a contratação”, revela Konaté, um trabalhador malinês da construção. “Basta mostrar os documentos de um primo ou de um amigo ou até documentos falsos, comprados por 500 ou mesmo 300 euros”.Como aceitam tal situação? “Somente por razões de sobrevivência. De um modo ou de outro, um grande número de estrangeiros trabalha. As poucas centenas de grevistas da Île-de-France representam a linha de frente de milhares de outros”, explica Jean-Claude Amara, responsável pela associação de defesa de direitos Droits Devant!. Segundo dados de certas associações – como o GISTI, o Cimade e o UCIJ –, existem atualmente na França de 300 a 600 mil trabalhadores sem documentos.Embora os salários declarados por esses trabalhadores (entre 1000 e 1400 euros por mês) aproximem-se do SMIC (Salaire Minimum Interprofessionnel de Croissance – Salário Mínimo Interprofissional de Crescimento) , eles escondem um número expressivo de horas extras não remuneradas. A ponto de certos trabalhadores sem-documentos estimarem trabalhar por 3,80 euros a hora, durante semanas que podem atingir 60 horas. “O patronato sabe bem que os trabalhadores estrangeiros são obrigados a aceitar condições de trabalho que os franceses não aceitariam, observa Gérard Filoche, inspetor do trabalho. Horas não remuneradas, demissões abusivas, não-pagamento de demissões e indenizações, trabalho de fim-de-semana e noturno: estamos em setores em que o direito de trabalho é totalmente desprezado.”A Delegação Interministerial de Luta contra o Trabalho Ilegal (Dilti) estima que a proporção de infrações caracterizadas como “emprego de estrangeiros sem autorização de trabalho” quase dobrou na França, entre 2004 e 2006 (de 8,4% para 14,8%). Segundo uma pesquisa realizada no setor de hotelaria e restaurantes, casos de trabalho ilegal foram constatados em 25% dos 7 123 restaurantes investigados e a proporção passa a 61% na Île-de-France . “Nós vivemos a pura lógica da flexibilidade e da rentabilidade, conclui Gérard Filoche. “E a globalização, desta vez, não tem nada a ver com isso, pois os setores implicados são sustentados por grupos franceses, que investem em território nacional, sem concorrência internacional”.

Exploração-Para Jean-Claude Amara, essa “exploração vergonhosa” repousa na “hipocrisia geral”: “o Estado recebe os impostos dos sem-documentos, os fundos sociais beneficiam-se com suas contribuições salariais e os patrões utilizam seus braços com perfeito conhecimento de causa”. Vários empregadores, sob o foco dos holofotes, declararam ignorar que alguns de seus empregados tivessem documentos falsos. “Isso pode valer aqui ou ali, para alguns pequenos patrões isolados”, reconhece Patrick Soulinac, dirigente da CGT em Lyon. “Mas a grande maioria sabe muito bem. Nós temos dossiês nos quais um mesmo trabalhador aparece nas folhas de pagamento com até quatro nomes diferentes”.Francine Blanche, secretária da CGT, estima que essa tendência ultrapassa a noção de “escravidão moderna”. Os trabalhadores sem-documentos, explica ela, são “os deslocados de empresas não deslocáveis” . Como não é possível deslocar um restaurante, um canteiro de obras ou um posto de vigia para países onde se praticam salários vis, o patronato recria, em solo europeu as condições de um mercado de trabalho de baixo custo, recrutando trabalhadores fragilizados por seu “status” de sem-documentos. Esta lógica do “deslocamento sem mudar de lugar” camufla um “trabalho clandestino” que caracteriza uma minoria não desprezível dos assalariados franceses.O recurso a esses “deslocados” aumenta e se diversifica. Um novo mecanismo é a chamada Prestação Transnacional de Serviços (PTS). Consiste em utilizar, na França, trabalhadores assalariados por empresas estrangeiras, que os enviam para realizar um serviço. Em sua pesquisa sobre as condições de trabalho no setor da construção e obras públicas, Nicolas Jounin menciona empresas polonesas, portuguesas e de outras nacionalidades que enviam mão-de-obra para trabalhar na França .E a especialista em ciências sociais e políticas Béatrice Mesini aponta o caso de imigrantes equatorianos, regularizados na Espanha e enviados para a França como trabalhadores agrícolas temporários Para os patrões, essa forma de “subcontratação transnacional” apresenta várias vantagens: o custo da mão-de-obra é menor; os salários são pagos pelo empregador estrangeiro, que, em seu país, recolhe encargos sociais geralmente mais baixos; e o trabalhador não tem necessidade de documentos franceses para trabalhar na França.

Novos regulamentos-Se essas mudanças profundas acontecem em certos setores da economia francesa há vários anos, por que a mobilização dos sem-documentos só ocorreu em 2008? “É uma questão de maturidade, comenta Violaine Carrère, coordenadora de pesquisas do GISTI. “Após a luta dos estrangeiros, aos quais foi negado o direito de asilo na metade dos anos 1980, nós vivemos as ocupações das igrejas (Saint Bernard etc.) no final dos anos 1990”, recorda. “Esses dois movimentos permitiram substituir a imagem do ‘imigrante clandestino’ pela noção de ‘trabalhador sem-papéis’, semelhante à de ‘sem-teto’ ou ‘sem-trabalho’. No verão de 2006, o movimento conduzido pela Rede Educação sem Fronteiras (RESF) permitiu aos estrangeiros não serem mais vistos como silhuetas anônimas e inquietantes. A luta contra a expulsão das crianças das escolas deu rostos, nomes e histórias aos estrangeiros. Com a mobilização dos trabalhadores sem-documentos, os franceses deram-se conta de que os estrangeiros trabalham e quitam todas as suas obrigações como assalariados”.Um outro fator explica esta última transformação da luta dos imigrantes por seus direitos. “No verão de 2006, os novos regulamentos do governo mudaram a situação”, observa Raymond Chauveau, secretário-geral da CGT em Massy e iniciador do movimento. Ao suprimir, em 1974, o direito ao título de estadia baseado no trabalho, o Estado francês incitou os estrangeiros a procurarem a regularização por meio do recurso ao direito de asilo, às situações familiares (1978) ou ao status de estudantes (1993). Há dois anos, foi reintroduzida a possibilidade de se obter um visto de estadia (permissão para morar e trabalhar na França) com base no trabalho (a lei relativa à imigração e à integração, de 24 de julho de 2006). Nicolas Sarkozy contava vincular esse direito à sua doutrina de “imigração selecionada”. Ele então fixou imediatamente em 26 mil a cota de imigrantes a serem expulsos em 2008 (cerca de mil a mais que em 2007) e anunciou o aumento dos centros de detenção.

Esticando a corda-Em julho de 2007, o cerco se fechou. Um decreto do governo obrigou os empregadores a indicar seus empregados sem-documentos, sob pena de multa de 15 mil euros e cinco anos de prisão. O texto criou comoção. Mas, desta vez, no meio patronal. “Eu vi chegarem pequenos empresários assustados nos postos da organização Droits Devant!”, comenta Jean-Claude Amara. De seu lado, a CGT registrou as queixas de milhares de sem-documentos demitidos das empresas. Em 20 de novembro de 2007, a Lei Hortefeux (relativa ao controle da imigração, à integração e ao asilo) indicou uma lista de 150 serviços ditos “sob pressão” (aqueles onde há poucos candidatos às vagas). Ela foi seguida por uma circular, de dezembro de 2007, que limitou a somente 30 os serviços reservados aos imigrantes de países não pertencentes à União Européia. Enfim, uma nova circular, de janeiro de 2008, precisou, preto no branco, que a regularização era possível, a partir da apresentação das folhas de pagamento dos assalariados empregados nos serviços “sob pressão”.O governo esperava que o patronato, pressionado pelo decreto de julho de 2007, apresentasse, ele próprio, os relatórios exigidos. Mas a CGT e o Droits Devant! aproveitaram a brecha. Em fevereiro último, uma greve foi organizada em um restaurante parisiense. Sete cozinheiros foram regularizados. No final de abril, o sindicato entrou com mil pedidos de regularização nos departamentos da Île-de-France. Dez dias mais tarde, cerca de cem grevistas obtiveram ganho de causa.Ou seja, esse movimento incomoda. Não apenas o governo, que pensava ter resolvido o assunto da imigração. Mas também uma parte da CGT, pressionada pela mobilização e acusada por um grupo de sem-documentos de só ter entregue mil pedidos de regularização.Os sem-documentos são determinados. “Nós não temos muita coisa a perder”, observa Bamba, grevista da empresa Millenium, de Igny. “Ao participar de reuniões ou fazer greve, nós sabemos o risco que corremos. Todo sem-papéis que sai da sombra se expõe e pode ser expulso a qualquer momento. Mas há anos saímos de casa, todos os dias, com medo de sermos presos e mandados de volta para nosso país. Então, à luta!”Como era de esperar, a política em relação aos estrangeiros endureceu com Sarkozy. Hostil a qualquer forma de “regularização maciça”, o governo fechou-se em sua posição: os pedidos de regularização serão tratados “caso a caso”, em prejuízo dos que protestam e de alguns responsáveis de federações patronais. Mas essa posição não ajudará Sarkozy a sair do impasse. “É uma regra que alimenta o arbítrio mais impreciso, explica Patrick Peugeot, dirigente da Cimade. “Diante das necessidades reais da economia francesa, o Estado deverá, cedo ou tarde, optar pela regularização sobre critérios transparentes”

Publicação autorizada por Le Monde Diplomatique

LOUCAS POR SEXO

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Vivien Leigh

Messalina, Cleópatra e Catarina, a Grande, ficaram conhecidas pelo furor sexual que não conhecia satisfação. Messalina até se disfarçava de prostituta.
Hoje, a ninfomania é vista como uma enfermidade com raízes biológicas e psíquicas.

A noite em que Messalina devorou 25 homens parece hoje uma façanha menor. A culpa é das estrelas do cinema pornô americano, que se divertem batendo recordes sexuais nas horas vagas. Annabel Chong, 22 anos, fez sexo consecutivo 251 vezes, com 80 homens, em 1995. Um ano depois, Jasmine St. Clair superou-a: 300 vezes com 51 homens. Em 1999, a jovem Houston bateu o recorde: 620 vezes com o mesmo número de homens!

“Dizia as maiores obscenidades e mexia o corpo convulsivamente, exibindo-se com as poses mais provocadoras”. Uma das primeiras ninfomaníacas diaganosticadas como tal foi assim descrita, em 1841, no Boston Medical Sugery Journal. Chamaram-lhe Miss T, tinha 29 anos (EUA). Os médicos acreditaram que o desmesurado tamanho do clitóris dela estava na origem das
suas fúrias sexuais. Neutralizar o órgão do prazer feminino foi então a meta deles para curarem a jovem. Recorreram a aplicação de medicamentos cáusticos na zona, duchas de água fria e sangrias. Ao fim de algumas semanas, Miss T ficou desprovida de desejo sexual. Mas cura não foi realmente a palavra a ser usada para este caso.
O conhecimento da existência de mulheres com apetite sexual insaciável remonta à Antiga Grécia – as célebres ninfas, divindades do prazer e da reprodução, estão na origem da palavra ninfomania.

Mortas de desejo - A atividade sexual excessiva (definição da ninfomania em sentido restrito) só começou a ser considerada doença no século XIX, marcado pela repressão sexual e a moral vitoriana. O neurologista Richard Krafft Ebing, que viveu em finais desse século, afirmou que os casos mais extremos podiam mesmo conduzir à morte. O psiquiatra Maresch deu-lhe razão ao documentar três exemplos em 1871: dizia que as vítimas morriam de esgotamento por causa dos delírios obscenos.
Mas o que mais inquietava os médicos era perceber as causas do
problema. Os adeptos do movimento frenológico pensaram que a origem estava no cérebro e que as vítimas da doença tinham o cerebelo muito desenvolvido. A autópsia a uma ninfomaníaca, contudo, mostrou que tal idéia estava errada. Mais tarde, avançou-se com a teoria do tamanho excessivo do clitóris, mas também se comprovou não fazer sentido. E assim, através do método tentativa-erro, concluiu-se que a ninfomania era causada por distúrbios psíquicos.

Relações de medo - “A ninfomania é uma variante do comportamento sexual em que a mulher se sente compelida a mudar constantemente de parceiro, sem estabelecer um relacionamento estável com nenhum deles”, explica o psicólogo Gabriel Frada. Acima de tudo, a ninfomania está inscrita na personalidade da mulher. A sua insegurança profunda não lhe permite ligações afetivas consistentes – o fundo psicológico de base é o medo.
Hoje em dia sobram teorias sobre as causas da ninfomania, mas nenhuma delas é totalmente convincente. Até porque a origem da ninfomania varia conforme os casos. Entre as explicações dadas, as seguintes são as mais comuns: tentativa de compensar a privação sexual sofrida na adolescência; ‘inve
ja do pênis’ e desejo de vingar-se do pai; necessidade de compensar certas tensões emocionais; negação de tendências homossexuais; medo de frigidez; necessidade de ser amada e aceita.

Muito e saudável - Uma mulher com bastante apetite sexual não é necessariamente desequilibrada. Como assinala o psiquiatra Stoller, as relações sexuais são relevantes para a mulher ninfomaníaca, não em termos de gratificação erótica, mas como uma maneira de satisfazer a necessidade de auto-afirmação.
A mulher saudável com bastante apetite sexual tem essa dotação de viver com entusiasmo a cada relação e desejo de renovar o prazer alcançado. “Na prática, quando a mulher consegue dominar o seu interesse sexual indiscriminado e dirigi-lo para um único parceiro, considera-se que o seu apetite sexual não chega aos níveis do que é típico da ninfomania”, diz Gabriel Frada.
“A ninfomaníaca, embora experimente excitação, rarame
nte chega a atingir o orgasmo, o que a deixa frustada e a leva a procurar novas experiências eróticas. Uma libido excepcionalmente intensa pode não ser patológica; os dotes superiores aos da média não tornam a pessoa anormal”, acrescenta este psiquiatra. “Quando a mulher com grande apetite sexual leva uma vida satisfatória em termos de afeto, profissão, relacionamento interpessoal e atuação social, não necessita de qualquer tratamento”.

Base biológica - As teorias explicativas da ninfomania não se limitam contudo ao campo da psicologia. Segundo alguns autores, a origem desta patologia reside por vezes em fatores de ordem neurofisiológica.
A conduta sexual é regulada pelo sistema límbico, situado no cérebro. Enquanto o núcleo amigdalóide e o hemisfério esquerdo regulam a inibição da sexualidade, o hipotálamo e o hemisfério direito elaboram a estimulação e desenvolvem a organização erótica e o orgasmo. Quando estas duas últimas áreas registram maior atividade, é provável que se produza uma exaltação da cond
uta sexual. A influência é tal que, se um traumatismo afeta as áreas citadas, pode em determinadas ocasiões, provocar a ninfomania. Os neurotransmissores também influenciam o nosso comportamento erótico. Nas ninfomaníacas, dá-se uma hiperfunção dos sistemas dopaminérgico e noradrenergético (a dopamina e a noradrenalina são ativadoras sexuais, em oposição à serotonina e às endorfinas, que são inibidoras).
Nos tratamentos feitos atualmente, a psicoterapia está na primeira linha, uma vez que a doença é quase sempre de origem psicológica. Procura-se que a paciente aprenda a vincular sexo e afeto, assim como a elimin
ar alterações psicológicas que costumam acompanhar a ninfomania – paranóia, ansiedade e depressão.
Quando se suspeita de problemas de ordem neurofisiológica, recorre-se a estimulantes da serotonina, par
a inibir o sistema dopaminérgico, tranquilizantes e antidrôgenos para reduzir a testosterona, o hormônio que faz aumentar o desejo. Segundo Gabriel Frada, porém, “as tentativas para tratar a ninfomania com hormônios não resultaram bem até aos dias de hoje.”
Mas não deve existir a mínima hesitação em recorrer ao tratamento, caso a mulher suspeite sofrer do problema: “quando não há esse sentido de realização e a mulher se autoculpabiliza, é aconselhável a consulta a um especialista em psicologia profunda. A resolução dos conflitos internos permitirá depois um desenvolvimento
mais produtivo das potencialidades da paciente.” E, daí, um final feliz

Devoradoras de homens

“Consigo dormir com mais homens do que você num só dia!”, terá dito Messalina à prostituta mais solicitada de Roma. Um desafio que concretizou, ao satisfazer 25 homens em 24 horas. Pelo menos é o que reza a lenda, que define bem a ninfomania: quantidade, insatisfação, um desejo irreprimível. Messalina foi um exemplo de ninfomaníaca que a História registrou. Há exemplos cuja exatidão se desconhece: ninfomania ou apenas um apetite sexual elevado e alvo da curiosidade pública?

Cleópatra, a previdente

O sexo era para esta jovem rainha tão essencial como comer. Teve o primeiro amante aos 12 anos e aos 16 já estava seduzindo César. Foi apenas o início de uma carreira cujas memórias sobreviveriam até hoje. Cleópatra tinha um templo especial onde viviam jovens robustos que serviam apenas para satisfazê-la. Pouco lhe importava, por isso, se alguém resistisse aos seus encantos – tinha sempre um templo recheado de prevenção...

O castelo de Gala
A união entre Gala e o pintor Dalí foi sempre estranha. Ele abominava contatos físicos, ela adorava. Tanto que perdeu a conta dos amantes que teve. Aos 75 anos, Dalí ofereceu-lhe o Castelo de Púbol. Gala usou-o para todo o tipo de cerimônias sexuais (orgias incluídas) com adolescentes. Um dos seus preferidos chegou mesmo a construir uma casa de um milhão de dólares, graças à generosidade de Gala.

Vivien Leigh entre o cinema e a vida real

O rosto de Vivien Leigh desenhava-se nos seus filmes, onde fazia quase sempre uma femme fatale, como em Lady Hamilton ou César e Cleópatra. Casada em 1940 com Lawrence Olivier, deu-lhe 20 infernais anos de matrimônio. O ator inglês aguentou contínuas infidelidades, muitas públicas. E acabou por abandoná-la (por outro lado, nunca se viu livre dos rumores que o diziam homossexual). No fim da sua vida, Olivier explicou a separação: “Tive que escolher e escolhi sobreviver”.

Excessos de Messalina

Casada aos 16 anos com o imperador Cláudio quando este tinha 49, tratou logo de copiar o estilo de vida das prostitutas recebendo no palácio todos os clientes que a desejassem. Quando isso não era suficiente, punha um véu e ia para as ruas à cata de homens. Se gostasse de algum, obrigava-o a deixar mulher, filhos, profissão, enfim, tudo por ela. E se o desejado resistisse, como o fez Valerio Asiático, a morte era o destino que ela lhe dava

O diabo em Maria Madalena

A Bíblia não diz expressamente que Maria Madalena era ninfomaníaca – em vez disso, refere-se a ela como prostituta, a pecadora que lavou os pés de Jesus Cristo. Uma pecadora onde habitam os sete demônios. E daí retirar-se por vezes o outro significado: na antiguidade, julgava-se que as ninfomaníacas estavam possuídas pelo Diabo.

A provadora real de Catarina, A Grande


A rainha Catarina praticava sexo pelo menos seis vezes por dia, mas os candidatos passavam primeiro pela sua
provadora. Miss Prota, assim se chamava a funcionária, recrutava jovens belos e saudáveis, que examinava do ponto de vista da performance sexual. Caso fossem aprovados, iam para o harém da imperatriz, formado por uma média de 21 amantes oficiais.

Estava na cara

Os traços do rosto de Maria Luísa de Parma, esposa do rei espanhol Carlos IV, emanavam uma sensação tal de luxúria que Napoleão, ao observá-la um dia, não se conteve e exclamou: “Tem o destino escrito no rosto!” Mal sabia o general francês que a sua análise acertara em cheio: ao longo da vida, a mulher do rei colecionou inúmeros amantes.

Lady Jane Ellenborough

Um desejo infinito de satisfação sexual marcou a sua vida. Desde pequena, quando fugiu com um grupo de ciganos, até casar como o barão de Ellenborough. O casamento não lhe acalmou os calores: manteve relações com o bibliotecário do avô, o primo, o príncipe Schwarzenberg e o escritor Balzac, que a retratou em Comédia Humana como lady Arabela. As viagens que fazia com frequência ficaram famosas, por motivos óbvios. Aos 70 anos, o apetite sexual mantinha-se intacto. Tal como muito de sua beleza, razão pela qual esteve em ação até morrer.

Anula, a viúva negra

Foi rainha do Ceilão entre 48 e 44 aC. Casou-se com o rei Coranaga, ao qual envenenou e assim que pôde governar sem ele. Para substituí-lo, recorre a um príncipe chamado Tissa, mas acabou por assassiná-lo quando se fartou dele. A lista de acepipes da senhora estendeu-se a um guarda do palácio, um carpinteiro, um lenhador e por aí fora. Explorava-os sexualmente até esgotá-los, mas, nos últimos meses de reinado, conclui que um só homem não chegava. Entregou-se então às mais depravadas orgias.

Qual o limite?

Não existe uma norma válida que determine a frequência com que uma mulher deve realizar a realção sexual. De país para país, o número médio de relações sexuais varia e nem por isso se considera que uns seja
m melhores do que outros. E depois há casos surpreendentes, como a tribo australiana Aranda: as mulheres têm relações sexuais três a cinco vezes por noite e não são consideradas ninfomaníacas. A alta frequência sexual feminina também é bem vista em determinadas culturas matriarcais da África. Nestas tribos a consideração sexual das mulheres aumenta em função do número de homens com que mantêm relações. E em algumas zonas da Índia, as mulheres podem mesmo ter vários maridos.

PERNAS DE PAU

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Johil Camdeab

O MUNDO É PEQUENO



Na última semana, todas as publicações brasileiras estamparam em suas capas fotos do mais novo bilionário brasileiro. Eike Batista, o homem de 20 bilhões de Dólares.

Para que não haja dúvidas, vou fornecer datas e detalhes precisos. O ano 1990, com o presidente Fernando Collor a todo vapor rompendo barreiras alfandegárias, colocando o país na rota das importações e aparecendo a pilotar uma delas sem capacete e segundo dizem, com documentação ilegal.
Resolvi também adquirir o objeto do desejo de todos os motociclistas de então. Uma moto Kawasaki Ninja ZX11. Embarquei para Miami e na volta, como bagagem desacompanhada, tentei entrar no país com o veículo devidamente legalizado. Óbvio que não deu certo e o imbróglio continua até hoje coma moto devidamente apreendida.
Mesmo assim, não desisti do meu presente. Radicado no Espírito Santo, busquei em jornais do Rio e são Paulo, alguem que tivesse a Ninja com documentação legal. E foi nos jornais do Rio que encontrei o que procurava.

Negócio fechado-Ao telefone uma delicada voz feminina informou-me que a moto era negra, a documentação estava absolutamente em ordem, que o preço era de U$ 35, 000 e que o proprietário não podia atender-me.
Naquela época, achava eu que era um desaforo o cidadão que estava vendendo um veiculo desse valor não querer conversar com o comprador. Depois de muita insistência, uma voz firme de sotaque marcantemente carioca com o arrastar de todos os “xis” que tinha direito, atendeu-me com muita simpatia e bom humor.” Por que você quer vender a moto?”, perguntei. “Porquê tenho duas iguais”. “Por que comprou duas iguais?” “Ora cara, porque tenho duas bundas”. E desmanchou-se em risos.
No final da tarde daquele mesmo dia, recebi um enorme fax com toda a documentação da moto. Chequei tudo e em seguida liguei para o escritório do cidadão. A mesma secretária de voz delicada informou-me que o patrão já tinha ido para casa e para minha surpresa, forneceu-me o telefone residencial. Liguei imediatamente e uma voz formal atendeu-me, identificou-se como sendo o mordomo e a seguir passou a ligação pára o patrão. A conversa foi mais uma vez simpática e o negócio foi fechado pelo valor pedido.

O mundo é pequeno-Dia seguinte ligo para a secretária para pedir um número de conta a fim de fazer a transferência do dinheiro e escuto como resposta” Olha, o doutor recebeu uma proposta de U$ 37.000,00 e quer saber qual a sua proposta” “Proposta?” perguntei indignado e após alguns impropérios desliguei o telefone. Afinal, não estava participando de nenhum leilão, e sim querendo efetuar o pagamento de um negócio que já estava fechado.
Tudo isso ocorreu em 20 de junho de 1990, há, portanto, exatos 18 anos. Á noite embarquei para Nova Iorque em um vôo da Transbrasil e pela manhã aterrisei numa Manhattan já colorida e com cara do verão quente que se iniciaria pelo calendário, no dia seguinte.
A gente ouve toda hora a frase “O mundo é pequeno”. E É!
Do Kennedy vou direto ao Audi Bank, um banco com atendimento bastante peculiar, hoje instalado em uma elegante sede numa das raras casas da Madison Avenue, mas que na época funcionava em uma andar alto de um edifício de esquina na Fifth Avenue, Midtown. Na sala reservada ao atendimento, grupos de cerca de cinco pessoas eram convidados a entrar. Num deles, além de mim um cidadão alto loiro, simpático, brincalhão, e dono de um inglês perfeito, conversava com alguns americanos e referia-se a aquisição de um motor para sua off shore a fim de participar no dia seguinte de um campeonato na Bahia de Nova Iorque. Achei que conhecia de algum lugar o falante cidadão, depois percebi que se não o conhecesse, pelo menos a voz eu conhecia. Havia algo de familiar. Comigo, ele conversava sobre o seqüestro do empresário Roberto Medina, naquele dia ainda em poder dos seqüestradores. ”Acho que te conheço de algum lugar”, disse-lhe eu “Você também não me é estranho”, respondeu. Perguntei-lhe o nome. ”Eike”, respondeu. Eike batista! “E o seu?” ”Celso, Celso Mathias. Sou o cara da moto, de ontem”. Desatamos rir constatando que o mundo era pequeno.
O mais engraçado, é naquela época, eu não tinha a menor idéia de quem era Eike Batista e muito menos que se tratava do filho de Eliezer Batista e de Dona Juta, na época figuras já extremamente ligadas ao Espírito Santo onde eu morava e o casal estava de mudança para uma bela casa numa região de montanha, aonde por sinal, veio a falecer Dona Juta. Lá hoje, mora o viúvo Eliezer, consultor do filho bilionário.

Celso Mathias

NOVOS MOJITOS

quinta-feira, 19 de junho de 2008


Para marcar a chegada do Rum Barceló da Republica Dominicana, ao mercado brasileiro, a empresa vai promover um Drink Challenge entre profissionais da coquetelaria paulista para criar o melhor drink tropical com o Rum Barceló Añejo que deverá ser a grande pedida do verão 2009.

O concurso acontecerá no dia 30 de junho, na pizzaria Veridiana, nos jardins, cuja coordenação está a cargo do mais famoso barman do Brasil, Mestre Derivan Ferreira de Souza. Serão 30 participantes que deverão criar um novo drink na frente de duas comissões julgadoras: uma que analisará a técnica do profissional e a outra que analisará, às cegas, os aspectos visual e gustativo da bebida.
O Rum Barceló hoje é de propriedade da empresa Espanhola BAINSA. A venda de rum na Europa aumentou expressivamente nos últimos anos e drinks com rum são a tendência do verão europeu. Segundo especialistas de marketing o trópico é um grande apelo na Europa, imagens de palmeiras e tropicalidade fazem muito sucesso por lá. E porque aqui seria diferente?
Segundo o especialista em coquetelaria Derivan, “a mistura de destilado com frutas e sucos tem tudo a ver com o nosso clima e nossas características. No caso, o rum Barceló, da República Dominicana, entra com a melhor bebida e nós com as melhores frutas” avalia. Para Derivan, a coquetelaria é muito agregadora, diferente de outras bebidas mais formais, e por isso muito identificada com o nosso clima tropical e a alegria do verão. Os drinks com rum retratam alegria com aroma, cor e descontração.

Prêmio-Como prêmio, o barman campeão vai ganhar uma viagem técnica a República Dominicana onde vai conhecer todas as etapas de produção da bebida, desde a matéria prima até a fábrica, sua destilação e envelhecimento. Serão promovidos também contatos com profissionais de coquetelaria local. O segundo e terceiro lugar serão premiados com um notebook e um desktop.
O concurso marcará o lançamento do produto no mercado brasileiro e para este evento espera-se um público de 200 pessoas entre profissionais da área de restaurantes e especialistas. No evento serão servidos os drinks com rum mais conhecidos dos brasileiros, o Mojito, o tradicional Cuba Libre e, é claro, uma caipirinha.
Os produtos Barceló englobam vários tipos de Rum, mas num primeiro momento só o Barceló Añejo será comercializado no Brasil, e utilizado no concurso. Na América do Sul, o Barceló é distribuído pela Alambique S.A., empresa com sede em Montevidéu, Uruguai. Como ainda não chegou ao Brasil seu preço não foi definido, mas com certeza será muito competitivo.

O que é o Rum-O Rum é um destilado alcoólico que se obtém do melaço da cana. Sua história volta ao descobrimento da América pelo almirante Cristobal Colon que trouxe a cana da Espanha em uma de suas viagens ao novo mundo. Mesmo que seja produzido nos cinco continentes, o mais apreciado é o produzido nas Antilhas, pois o clima caribenho revelou-se o mais apropriado para o cultivo da cana de açúcar e para a obtenção de rum da melhor qualidade. Isso pode ser observado nos runs típicos da República Dominicana.

A República Dominicana - No coração do Caribe fica a República Dominicana, a primeira colônia Européia permanente na América. San Pedro de Macoris, onde esta situada a fábrica do Barceló tem uma temperatura media constante de 30ºC com umidade de 90% o que é ideal para o envelhecimento (um ano nesse clima equivale a 4 anos na Escócia).
A legislação local é muito severa e determina que o rum seja envelhecido no mínimo 12 meses, em barricas de carvalho americano. Muitos países que produzem rum sem qualquer controle governamental ou padrões como o da Republica Dominicana. Tais países se aproveitam dessa brecha na lei para colocar idades falsas nos rótulos.

A origem-O Run Barceló nasceu em 1930 do sonho do espanhol Julián Barceló que fundou Barceló & Cia, na cidade de Santo Domingo, República Dominicana. A marca Barceló rapidamente converteu-se em uma referência entre os runs locais e em 1992 começou o processo de internacionalização. Em 2000 é criada a BAINSA Barceló International com um grupo de grande tradição na produção e na comercialização de vinhos e bebidas espirituosas na Espanha, que hoje representa o Rum Barceló com exclusividade, em mais de 40 países.
A destilaria onde o Barceló é produzido atualmente foi criada em 2002 com o objetivo de elaborar Rum de alta qualidade. Suas instalações contam com tecnologia de ponta, equipamentos que superam muito os regulamentos da Indústria de bebidas e profissionais qualificados, sendo a única destilaria de elaboração do Rum da República Dominicana, e a segunda do Caribe, merecedora da certificação internacional ISO 9001:2000.

A ARTE DAS BAFORADAS

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Dicas para quem aprecia o sofisticado hábito de dar baforadas em "Habanos" ou nos legítimos "Baianos" que nada ficam a dever aos primeiros.

1 - Você que está começando, procure manter um registro dos charutos que experimentou anotando sua opinião sobre cada um deles. O registro o ajudará a lembrar-se das suas aventuras.

2 - Nunca deixe o seu charuto apagado por mais de meia hora. O alcatrão e a nicotina acumulados na ponta o deixam amargo quando novamente aceso. Só acenda um charuto quando tiver tempo suficiente, pelo menos 45 minutos, para saboreá-lo do começo ao fim.

3 - Nunca masque ou morda a ponta de um charuto. Segure-o na mão ou apoie no cinzeiro. O ato de fumar estimula a salivação. Assim, se você deixar o charuto na boca, ele ficará molhado, entupindo o furo e prejudicando a puxada.


4 - Se você é um principiante
e, não importa preço ou marca, nunca compre muitos charutos de uma só vez, pois suas preferências podem variar à medida que for aprendendo mais sobre o assunto.

5 - Se espera encontrar uma fonte confiável e consistente de charutos de qualidade – um lugar que lhe dará prioridade quando os charutos que você deseja chegarem – estabeleça um bom relacionamento com uma tabacaria e torne-se um cliente fiel.

6 - Bebidas e charutos combinam, por isso muitos bares e restaurantes o
ferecem o produto para venda. Além disso, permitem que você leve o seu para fumar, sem cobrar por isso, diferentemente do que ocorre com as bebidas, em que é cobrada uma taxa de “rolha” caso você leve a sua garrafa.

7 - É muito importante, muito difícil e extremamente dispendioso classificar charutos pela consistência que apresentam de caixa para caixa. Entretanto, a capacidade que um fabricante tem de produzir grandes charutos ao longo do tempo é primordial para a classificação d
a marca. Os iniciantes devem se concentrar nos charutos avulsos, mas não hesitar em analisar outro exemplar da mesma marca e formato em uma ocasião posterior comparando-os.
As diversas bitolas. Uma questão de gosto e/ou aparência

WATSU;A TERAPIA DAS ÁGUAS

terça-feira, 17 de junho de 2008

Você sabe o que é Watsu? É uma das mais relaxantes terapias, que une o Shiatsu e o contato com a água morna dentro de uma piscina, na qual o paciente fica sem tocar os pés no chão, com o auxílio do terapeuta, que executa uma série de movimentos que atuam sobre a musculatura e trazem uma grande sensação de relaxamento.


Como é feito na água, não agride os músculos e age na eliminação do estresse, trabalhando na melhora da condição respiratória, colaborando para uma boa circulação sanguínea e oferecendo um relaxamento tão intenso e prazeroso que o paciente entra em contato consigo mesmo, fechando as “gestalts” abertas e eliminando mágoas e raivas que estão no inconsciente.
O Watsu é especialmente recomendado para quem sofre com ansiedade e depressão, trazendo uma melhora na qualidade do sono e, conseqüente, disposição no dia-a-dia. Além disso, é indicado para quem sofre de enxaqueca, insônia, pressão alta, problemas na coluna e gestantes.

Extravasando-No Spa Clínico d
o Dr. Vinholis a terapia é usada com o intuito de “limpar” mágoas, raivas e tudo o que consome, silenciosamente, a saúde de alguém. “Quando um cliente vem fazer o Spa, um dos primeiros exames que realizamos é a Iridologia, através da qual podemos ver os sentimentos negativos que cada um guarda em si”, afirma o Dr. Augusto Vinholis.
Em geral, os pacientes que passam pelo Spa, choram e gritam durante
o tratamento, colocando para fora os seus traumas, transcendendo. Em casos mais sérios, alguns chegam a vomitar. “Teve um caso em que foi preciso repetir a terapia cinco vezes, pois quando eu reexaminava a pessoa, ainda havia mágoas em seus olhos. Depois disso, ela disse se sentir leve, renovada e feliz. E este é o nosso objetivo”, conclui o médico.
Claro que além de todo o lado
encantador, a técnica também pode ser explicada pelo lado prático: a relação líquido amniótico e temperatura média de 35º leva à fase intra-uterina e ao bem estar daquele período. Um dos elementos mais importantes é a sustentação do terapeuta, que faz o papel da “mão da mãe”, responsável pela permanência da pessoa na superfície da água, enquanto o corpo todo é trabalhado de forma lenta e prazerosa.

A cura-Quando o paciente está flutuando, não sente a gravidade nem a resistência do solo, por isso, muda de postura
e fica mais exposto, facilitando o tratamento e a cura. Além disso, ele tem que se “entregar de corpo e alma” ao terapeuta, já que é ele quem o segura durante toda a aplicação da técnica.
Este e alguns outros métodos são utilizados no Spa Clínico Dr. Vinholis, co
m o objetivo de realizar uma desintoxicação completa no paciente. No total, são cinco dias de tratamento, com as mais diferentes técnicas, que visam trazer disposição, qualidade de vida e cura, quando já existe algum tipo de doença.
Para saber mais, basta acessar o site www.drvinholis.com.br , onde estão os detalhes do Spa e
depoimentos de pessoas que já realizaram a desintoxicação.

Dr. Augusto Vinholis é Médico
formado pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo, onde também fez Residência Médica em Pediatria e recebeu o título de Especialidade pela Sociedade Brasileira de Pediatria. Aprendeu e praticou diversos tipos de tratamentos durante 19 anos em vários países do Oriente e, há cerca de 12, aplica seus conhecimentos no Brasil através de seu SPA Itinerante.

BALTOS 2005;90 SEGUNDO PARKER

segunda-feira, 16 de junho de 2008


Bodega localizada em Bierzo Alta,Espanha, é referência ao setor viniticultor, não só pela qualidade implícita, como pelo conceito de trabalho inovador e de sucesso. Domínio de Tares faz vinhos fantásticos, sempre bem pontuados,trazendo aromas e paladares encantadores. Baltos 2005 tem cor linda intensa,
aromas de frutas vermelhas, flores e lácteos. O paladar é suave, fresco e elegante. Traz toques de especiarias, ervas e frutas.


Produzido 100% com a exótica casta
Mencía que não é exatamente uma desconhecida,ela muda de nome ao passar a fronteira e assume em terras lusitanas o nome de Jaen. Em Portugal a casta não é muito valorizada e em Espanha (Bierzo) também não o era até há pouco tempo... mas as coisas mudaram e hoje as cepas velhas de Mencía valem quase o seu peso em ouro.

A recomendação é servi-lo 18º e em copos largos como para vinhos borgonha, para melhor oxigenação, já que trata-se de um vinho já com três anos de garrafa. Robert Parker deu 90 pontos. Custa R$ 95,00 na Via Vini