O PODER DO PROSECCO

sábado, 5 de julho de 2008


Esse espumante italiano é produzido com a uva prosecco, que emprestou o nome ao vinho. Para que seja classificado como prosecco é necessário que, no mínimo, 85% do vinho seja elaborado com a variedade, admitindo a eventual participação de somente duas outras cepas: a chadonnay e a verdiso.

Foi em 1962 que a indústria de prosecco deu seu primeiro importante passo, com a fundação do consórcio oficial de produtores de prosecco da região de Conegliano-Valdobiaddene. Essas duas cidades se encontram na província de Treviso e compreendem uma área ao redor de 3,5 mil hectares.

A produção anual dessas terras atinge ao redor de 30 milhões de garrafas. Em 1969 o respeitado consórcio deu seu grande salto ao conquistar a sua D.O.C, denominação de origem controlada. São destas terras e com a garantia D.O.C que nascem os melhores proseccos.

A última década do século XX abrigou o momento de glória do prosecco que, de maneira súbita, tornou-se uma associação de moda, charme e prazer. De fato, o prosecco é uma delícia, e o Brasil fez dessas borbulhas italianas mais do que uma moda, mas um estilo de prazer que fixa claramente um futuro sem retrocesso.

O prosecco conquistou o paladar dos brasileiros de maneira repentina e veloz; nos últimos cinco anos suas vendas explodiram, invadindo até os maias refinados restaurantes do país. Entre 1999 e 2001 esse espumante fez a proeza de igualar seu consumo ao do tradicionalíssimo champanhe. Evidentemente, um grande champanhe terá lugar ad eternum, porém continuará a ser mais caro.

Não é de surpreender o sucesso do prosecco no mercado brasileiro. Em primeiro lugar porque se trata de um país tropical. O prosecco é fresh e cercado de charme e status. Diante da incontável variedade de espumantes produzidos fora do champanhe poderíamos perguntar por que o prosecco foi o único a conquistar tal legião de apreciadores?

A resposta pode começar pelo fato de que o prosecco não se parece nada com um champanhe e nem pretende parecer. Ao deixar de lado qualquer possibilidade de comparação com o tradicional produto francês, o caminho se abriu para o prosecco.

Como em todo vinho, há desde proseccos de baixa qualidade até os incríveis, como o Podere del Gaio, o Faè, e o Adriano Adami, um prosecco extremamente vinoso. O Podere del Gaio, importado pela Casa do Porto, é encantador desde a elegante embalagem até o frescor de seus aromas, a refinada pérlage que casa divinamente com o clima tropical e com a sensualidade latina. Aproveite então, o longo after taste que seduz, deixando a lembrança de saborosas frutas.

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