VERDE QUE TE QUERO VERDE

segunda-feira, 19 de maio de 2008




Na centenária Quinta da família Vaz Guedes em Arcos de Valdevez,o Arquiteto Vasco Croft divide-se entre a labuta diária e a poesía do local.Depois, cruza oceanos para apresentar seus vinhos à platéias atentas

O vinho verde, conhecido como o mais português dos vinhos, é produzido exclusivamente na região Noroeste de Portugal, e ao contrário do que muitos pensam, não é um vinho produzido a partir de uvas verdes. Vinho Verde é o nome de uma região de Portugal, tal qual tantas outras como Douro, Alentejo, Ribatejo ou Bairrada. Ela ganhou o nome de Vinho Verde, por ser a região mais verde e úmida de Portugal. Os vinhos ali produzidos são, portanto elaborado com uvas maduras

As principais uvas do vinho verde branco são: Alvarinho, Pedernã, Trajadura - Trincadeira, Azal Branco – Gadelhudo- Pinheiro, Avesso e Batoca. Já as que compõem o tinto são Espadeiro, Rabo de Ovelha e Vinhão.

Em seu processo de produção, quase 100% das uvas ácidas passam por uma 2ª fermentação, a fermentação malolática transformando o agressivo ácido málico em ácido lático que é mais suave.

O resultado final é um vinho leve, de alta acidez e baixo teor alcoólico, ligeiramente ácido e que precisa ser consumido ainda jovem, ou seja, os melhores vinhos verdes são de safras recentes. Entretanto,já se produz a partira da alvarinho,Vinhos Verde menos ácidos, mais encorpados e com bastante classe, preparados para durar até em torno de três anos.

Produtores mais ousados, à medida que o vinho verde atravessa as fronteiras de Portugal, unindo a tradição à modernidade, estão produzindo verdadeiras pérolas como o “Afros”

Produzido na centenária Quinta do Casal do Paço que está em posse da família Vaz Guedes desde o séc.XVII, local onde se encontram vestígios de presença humana que vão além dos registros da história.

Os Vaz Guedes, à frente de diversos interesses comerciais que vão da construção civil à hotelaria, entregou a um dos seus membros, o Arquiteto Vasco Croft a reformulação da Quinta e o lançamento de novos produtos. São além dos vinhos e espumantes tintos e brancos. O “Escolha”, por exemplo, que a partir da Loureiro e maturado em tonéis de carvalho, oferece um verdadeiro néctar que esbanja frutato. Tem mamão, goiaba, nuances de lima e grapefruit, tudo isso com muita secura, consistência preparado para uma vida que pode alcançar cerca de quatro anos. Já se encontra à venda na Europa, Ásia, e nos próximos dias estará à venda também aqui no Brasil. Outra boa aposta é o “Vinhão”. Exótico, tem nuances de chocolate e cereja. Um vinho de personalidade com taninos macios e suaves.

O Brasil, sem tradição no consumo de vinho verde, começa a descobrir que é ele o produto ideal para ser consumido nos trópicos pela sua leveza e frescor. Quem também já descobriu os verdes, foram os japoneses;não existe nada que harmonize melhor com a sua culinária

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