I love New York

terça-feira, 22 de abril de 2008


Surpreendente esta cidade onde todos os dias você descobre algo novo, algo que já estava ali há muito tempo e você nunca notara. Surpreendente a cidade onde você pode jantar ao lado de Lisa Minelli, comprar roupas na mesma loja que Robert Redford ou cruzar na rua com celebridades como Donald Trumph, comprar material de escritório no Arthur Brown e encontrar ali como um cidadão comum o ex-presidente e hoje senador, José Sarney.

Dawntown, Midtown e Uptown. Down é o sul de Manhattan e onde estão Chinatown, Little Italy, Soho, o Village, Wall Street (o centro financeiro) e Sea Port, este um delicioso lugar para os fins de tarde, um lugar romântico e agradável. Na Fulton Street, entrada do Sea, ouça o jazz na calçada do café Fledermaus e experimente o Sea Food Salad, imperdível.

O Uptown é o norte. Na Av. Amsterdan aproveite a boemia nos seus inúmeros bares. Relaxe com o repicar dos sinos da Igreja de Sr. John Divine ou simplesmente passeie pelo Central Park. Se tiver coragem, vá ao Harlem e conheça a região onde viveram músicos como Cab Caloway ou Countie Basie. Ali também, mais uma vez se evidencia o contraste de Nova York. Os luxuosos apartamentos de estrelas do cinema estão a um passo da miséria do Harlem. Midtown compreende o trecho entre a 14 e 59 Street.

A Fifth Avenue corta a cidade ao meio, determinando os lados East e West, com exceção da Broadway (que atravessa aleatoriamente os dois lados e é mantida assim por ser uma antiga trilha indígena) e Dawtown, construído antes do advento do planejamento urbano. “A rua 46 é o capítulo brasileiro da big apple, ali milhares de residentes se degladiam em busca dos visitantes que possam somar algo à sua economia. Tese da americana Maxine Margolis: Os brasileiros aparecem como a única comunidade onde a disputa supera o sentido da nacionalidade ou da origem. Ao contrário de imigrantes como os coreanos, indus ou japoneses, os brasileiros não se organizaram, não se auto protegem. Raríssimas exceções confirmam a regra. Os mais poderosos, aqueles que conseguiram conquistar uma melhor posição, tratam os demais como subgente. A maioria dos que cresceram não possue o mínimo de formação, e a luta pelo dinheiro fez com que tudo o mais que os cercam seja o “resto”. São arrogantes, prepotentes e mal vestidos. Novos ricos mais intoleráveis do que os daqui.”

Marilyn Monroe continua viva na memória dos americanos,mesmo entre os que nasceram após a sua morte. Ela é tema de moda e continua vendendo nas mais chiques vitrines da cidade. A Saks também é um símbolo americano, sua vitrine de natal é disputada em longas filas de pessoas que não raro passam mais de uma vez.

Nas ruas a extravagância vai dos transeuntes aos “carrões”, muitos deles modificados num gosto mais do que duvidoso. O meio de transporte mais em moda é o patins in line. É rápido, o combustível barato e de quebra um excelente exercício físico. Um pouco difícil é a habilidade para guiá-lo no trânsito furioso da grande metrópole. Muitos executivos trocam o patins pelo sapato na porta dos seus escritórios. É incrível, mas é verdade.

Nova York é assim, o topo do mundo onde tudo e todos se encontram. A terra dos contrastes, do extremamente belo e do extremamente feio, a demonstração da ilimitada capacidade do homem construir. Uma cidade no céu, uma cidade embaixo do chão. Uma cidade de muita justiça e de muita injustiça. Romântica, triste, alegre. Muitas vezes a solidão é insuportável, muitas vezes nunca se está rodeado de gente. Ali o homem tem a exata dimensão do que é e do que pode. Cidade doce, cidade amarga. Cidade em constante transformação. Andaimes, máquinas nas ruas, recapeamento do asfalto, construção, demolição de prédios, cidade viva. Domingo, 6ª Avenida. Que imensa solidão. Cidade morta. Pôr-do-sol visto de Suton Place. Fantástico espetáculo à beira do Hudson. Dali, vejo o prédio onde mora Henry Kissinger. Cidade, louca cidade. Pontes, arranha-céus, túneis, avenidas. O seu arquiteto quer imitar Deus. Cidade, louca cidade. O rush na Grand Central Station lembra um enorme formigueiro humano. Para onde vão e de onde vêm tantas pessoas? Cidade das filas. Nos bancos, no caixa-eletrônico. Fila para comprar, para consumir. Cidade de aventureiros, de desventurados. Cidade dos limiares. I love you, N.Y.!

As imagens da “grande maçã” nos remete a uma sinfonia de Gershwin. ..

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